sexta-feira, 28 de maio de 2010

Tendências em decoração para 2010!

Ano novo, casa nova. Quer decorar um espaço completamente novo ou simplesmente redecorar uma divisão do apartamento, saiba quais as principais tendências em decoração para 2010, quer em termos de ambientes e mobília, quer em termos de cores e padrões.

1.Decorar a reciclar: certamente influenciado pela crise económica mundial, reciclar e reutilizar todo e qualquer apontamento decorativo – desde mobiliário a têxteis – vai ser uma forte tendência em 2010, mas também porque viver uma vida mais verde e mais simples tornou-se num lifestyle cada vez mais apelativo. Em adição, tudo o que é antigo e vintage, recebido em herança ou encontrado numa feira de velharias, volta a ter o seu encanto.

2.Mistura de épocas: juntar peças antigas e contemporâneas será uma das grandes modas na decoração de interiores para o novo ano. Misturar peças de épocas distintas – caso do retro com o moderno, o tradicional com o romântico – vai criar uma decoração eclética e original.

3.Decoração verde: ainda dentro da mesma tendência, os produtos verdes continuam a ganhar em popularidade, quer seja mobília produzida com madeira sustentada, objetos de design criados a partir de material reciclado, iluminação LED, tecidos e tintas orgânicas.

4.Toque de glamour: mesmo com a atual conjuntura económica, uma decoração simples pode e deve ser abrilhantada com algumas peças à altura, nomeadamente vidro e cristal, sem esquecer apontamentos de prateado, dourado e outros metálicos para um toque de sofisticação.

5.Exclusividade: cada vez mais se procuram peças decorativas que não só são originais, como exclusivas e, se forem feitas à mão, ainda melhor. Esta tendência veio mesmo para ficar, acrescentando-se ainda a vertente “faça você mesmo” para aqueles que gostarem de construir as suas próprias decorações… assim, mais ninguém tem de certeza!

6.Papel de parede: o papel de parede dificilmente sai de moda, quer seja num modelo ousado a destacar uma única parede ou a forrar uma divisão inteira, mas num modelo mais discreto. Para 2010 espere ver cores vibrantes (roxo, framboesa, verde-relva, castanho-acinzentado…), motivos florais e de inspiração retro, assim como papel de parede com textura.

7.Mix cultural: para além de desenhos geométricos ousados (listas, círculos, mosaicos), os padrões para os têxteis de casa com maior destaque vêm de todos os cantos do mundo – símbolos nativo-americanos, orientais, étnicos, aborígene e tribais africanos, mas incluem ainda bordados, patchwork, motivos florais e botânicos, padrões animais, de aves e até inspiração retro.

8.Mobiliário modular: uma das fortes tendências de 2010, é perfeito para espaços pequenos e/ou para ir acrescentando conforme necessita ou pode. Multifacetada e contemporânea, vão existir soluções modulares para todos os cantos da casa.

9.2-em-1: para além disso, outra orientação para o novo ano passa pela fusão de espaços ou seja a criação de zonas 2-em-1, de forma a rentabilizar a habitação. Algumas ideias passam, por exemplo, pela criação de um espaço de escritório na cozinha ou abrir a mesma à sala de jantar; dar nova vida ao quarto de hóspedes, podendo funcionar, simultaneamente, como um quarto de vestir.

10.2010 com cor: as cores dominantes que vão decorar o novo ano incluem cinza, branco, amarelo ácido, verde relva, vários tons de azul (aquático, turquesa, petróleo), vermelho saturado, tangerina, violeta, lilás, rosa suave, tons terra e de inspiração étnica.

Michel Rosar

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Jardim de inverno no ano inteiro



O verde está em alta. E uma boa opção para quem quer trazer a natureza para dentro de casa é instalar um jardim de inverno. Embora este tipo de jardim seja o sonho de consumo de muitos, é um privilégio apenas para quem mora em casa ou cobertura, pelo modo direto com que a luz solar atinge o jardim.

Não é necessário ter um espaço ocioso muito grande para montar um jardim de inverno. Em um espaços pequenos, é possível montar e manter um jardim de inverno apenas para contemplação, como se fosse um quadro vivo, uma obra de arte que pode ser retocada (ou remodelada) a qualquer instante. Uma das vantagens deste tipo de jardim é que ele contribui com a iluminação do ambiente de estar no qual foi instalado. Agora, quem tem um espaço amplo pode fazer um mais interativo, mesclando sala e jardim, porém sempre com a orientação de um profissional, para não criar um aspecto claustrofóbico no espaço.



Pequeno ou grande, o importante é que o local garanta uma boa iluminação durante o ano todo. A luz é fundamental para o desenvolvimento das plantas e para fotossíntese. Garantir este processo é justamente um dos principais cuidados que se deve ter com uma planta. Uma dica é molhar as folhas sempre que for regar a planta. A água remove toda a poeira acumulada nas folhagens.
Outro importante cuidado é com a temperatura do jardim, que, por ser envolvido por materiais translúcidos, se torna uma quente estufa, mesmo para as espécies nativas ou adaptadas a climas mais quentes, um ar condicionado nos dias quentes de verão resolve o problema.

Michel Rosar

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Estilo Retro!

Um resultado do lifestyle vivido nas décadas de 50, 60 e 70, o estilo retro é dinâmico, de elevado impacto visual e muito cool. Marcado por peças icónicas que sobreviveram, com muita pompa e circunstância, o passar do tempo, decorar com espírito retro é um desafio, mas também um prazer.

O mobiliário retro é muito característico: baixo, linhas simples e sofisticadas, pernas pontiagudas e sempre à vista, sofás largos e longos, cadeiras e poltronas suaves e arredondadas, ottomans que encaixam tipo puzzle, bancos cromados, superfícies lisas e brilhantes.
Existem muitas peças icónicas da era do retro que hoje são consideradas obras de puro design, nomeadamente algumas cadeiras, poltronas, candeeiros e peças decorativas, cujo traço kitsch é inconfundível.
Actualmente, existem muitos fabricantes que produzem mobiliário e elementos decorativos baseados exclusivamente no estilo retro, no entanto, é sempre divertido procurar peças originais em feiras e lojas de antiguidades ou de segunda mão ou até mesmo na garagem dos pais e avós!
Apesar de esta ser uma decoração muito forte e até um pouco “louca”, todos os elementos utilizados para a conseguir são práticos, duradouros e funcionais.
Em termos de materiais utilizados, a madeira não trabalhada, os cromados, espelhados, lamé e linóleo são os eleitos e não há qualquer receio em misturar tudo, seja formas, texturas, padrões ou cores.
Tonalidades sólidas e fortes, caso do laranja, verde, vermelho, amarelo, azul, cor-de-rosa e lilás são uma referência da paleta de cores tipicamente retro, mas não são, de todo, obrigatórias. A combinação de cores, caso do preto, branco e vermelho é muito comum num ambiente retro. Para um efeito mais soft, as cores mais neutras – branco, bege, creme, cru, castanhos-claros – são uma aposta igualmente funky.
O estilo retro tem nos seus padrões ousados um dos seus principais pontos de sedução e o difícil é mesmo escolher entre floridos, axadrezados, tie-dye, psicadélicos, abstractos e formas geométricas coloridas para cobrir almofadas, cortinas e até alguns estofos.
As texturas retro são tão diversas quanto exuberantes: felpo, plástico, vinil, veludo, rendas, chenilha, missangas e contas… são todas uma verdadeira delícia para os sentidos e, de acordo com o espírito retro, quantas mais, melhor!


O papel de parede foi muito in durante os anos 50, 60 e 70, por isso a sua existência num ambiente retro é quase obrigatória! Se preferir paredes pintadas, porém, opte por cores claras, sem ser num tom demasiado branco.
Quadros com arte geométrica, silhuetas, estampados ou ilustrações vintage, assim como fotografias a preto e branco de inspiração Hollywood – como imagens de Marilyn Monroe, Audrey Hepburn ou Twiggy – vão emprestar um visual muito cool a qualquer parede. Pode ainda emoldurar capas ou fotografias retiradas de revistas antigas ou exibir uma colecção de discos de vinil.
Os espelhos – em grandes dimensões ou vários agrupados – são outra peça chave deste tipo de decoração… não se lembram das famosas e cintilantes disco balls?
A alcatifa, os tapetes felpudos, a madeira natural, o linóleo e os azulejos dispostos de forma axadrezada cobrem os chãos mais retro que existem.
Na cozinha, não há nada que diga retro mais alto do que os electrodomésticos da época – grandes, coloridos ou cromados – têm vindo a ser replicados por marcas conceituadas como a SMEG.
Peças tão divertidas como telefones antigos e pesados (sim, do tempo em que não havia telemóveis!), panos rendados, lava lamps (candeeiros de lava), borlas penduradas, esculturas e obras de arte com visuais fortes e invulgares fazem todas parte do espírito retro, contribuindo para aquilo que ele realmente é – muito invulgar!
Entre os anos 50 e 70, o estilo retro dominava todas as casas, de uma ponta à outra e, embora a criação de um ambiente semelhante requer sempre um regresso a esse passado, o importante é não cair no exagero. Hoje em dia, um estilo retro pode ser recriado com recurso a algumas peças chaves que, por si só, serão o spotlight em qualquer espaço.
Michel Rosar

Do Lixo ao Luxo!


Reciclar com personalidade é o novo luxo na decoração!

O desejo de ter tudo novo e na "última moda" sempre fez parte do imaginário quando o assunto é casa. Mas esse modelo, que às vezes beira as ambientações de showroom de móveis, está cedendo espaço para o resgate de decorações personalizadas, o que inclui histórias de família ou de determinados móveis e objetos. Nesse contexto, reciclar o antigo com olhar do novo é o caminho.

Estamos na onda do 'novo luxo', ou seja, comprar um lustre e mandar restaurar é uma opção, mas personalizá-lo de forma criativa é o melhor caminho.

Aliás, o conceito de sustentabilidade tem grande responsabilidade nessa nova maneira de pensar o design de interiores. E não apenas pelo apelo comercial que essa palavra tem, mas pelo que começa a representar para o grande público: a preservação ambiental.

garimpar peças antigas faz com que a decoração ganhe um toque exclusivo, que as demais não têm. E essa história pode vir da própria peça, da família ou da ocasião em que foi adquirida, como em uma viagem. Isso agrega valor sentimental à decoração








Michel Rosar

Design, decoração, arquitetura & moda!


Design, decoração, arquitetura influenciados pelas mesmas correntes artísticas e pelo momento sócio-ecônomico. Qualidade de vida, conforto e tecnologia.

Será que isso não se vê também em outros lugares? Sim, a moda, assim como a decoração são influenciados pelas mesmas tendências e isso se pode ver cada vez com mais clareza.

Porque há algum tempo na decoração e principalmente na arquitetura as mudanças eram mais lentas que a moda do vestuário, mas hoje cada vez com mais rapidez as cores, os materiais novos que surgem e os antigos são lembrados e as formas vêm a tona. "Estas referências acontecem em vários seguimentos principalmente na moda, na arquitetura e na decoração."

Michel Rosar

Sustentabilidade no Design de Interiores

Sustentabilidade é um termo que está na moda e que vemos quase que diariamente na mídia. Podemos definir este termo como o conjunto de práticas adotadas que visam a diminuir os impactos gerados pelas atividades humanas que poderiam prejudicar o meio ambiente, a sociedade e a economia.



Em um projeto ou reforma de interiores devemos pensar em sustentabilidade desde o início do projeto até a sua execução. Dicas básicas como utilizar lâmpadas de baixo consumo como as de LEDs, utilizar cores claras nas paredes e dar prioridade a produtos com certificados ambientais e sociais são práticas que ajudam e muito na preservação do nosso planeta para as próximas gerações.

Uma outra boa dica para que você possa contribuiur com a bem-estar do nosso planeta é fazer um projeto adequado de iluminação que priorize a iluminação natural. Desta maneira você estará diminuindo consideravelmente a necessidade do uso de lâmpadas durante o dia.

São dicas simples mas que somadas fazem uma grande diferença. Quem gostou e quer saber mais sobre o assunto não deixe de visitar o blog Energia Eficiente criado pela Philips que dá outras dezenas de dicas de como você pode ajudar na preservação do nosso querido planeta.

Blog Philips - http://www.energiaeficiente.com.br

Michel Rosar

A melhor cor para um ambiente em nossa casa ou local de trabalho

Afinal, qual é a melhor cor para um ambiente em nossa casa ou local de trabalho?
Que cor não podemos ter em excesso numa decoração?
Qual ajudaria nos estudos e no trabalho?
Será que existe alguma cor para melhorar nosso relacionamento?
Qual a melhor cor para fachada nossa casa afinal?

Branco
É considerada uma cor neutra e muito usada. Pode ser aplicada em qualquer ambiente. Deve-se tomar muito cuidado quando o branco aparece em demasia num ambiente, pois representa o infinito, deixando uma pessoa, que passa muito tempo neste ambiente, uma sensação de infinito, frieza, vazio e hostilidade. Deve-se quebrar o branco com quadros e móveis bem coloridos.

Decoração: A cor branca traz, para algumas pessoas, a sensação de paz, calma, tranquilidade e serenidade. Para outras, a sensação é de frieza, tristeza e impessoalidade. O branco é muito usado para dar uma sensação de amplitude em ambientes pequenos e apertados. O branco passa-nos também uma sensação de limpeza – até exagerada. O branco só é branco quando recebe uma luz intensa direta. Locais com a cor branca, trazem uma sensação de mais claridade.

Preto
Pode ser uma cor opressiva e depressiva, por este motivo, deve-se ter muito cuidado na sua aplicação, pois pode passar a sensação de angústia. Pode lembrar luto, perdas e tristezas. Em geral, é usado em pequenos detalhes na casa.

Decoração: Muita atenção e cuidado com o uso desta cor. Ela deve ser usada em pequenos detalhes na decoração, principalmnte para termos um “efeito especial”, tanto dentro, como fora da casa. Ainda na área interna, é usado para fazer contrastes, principalmente com o branco. Muito usado no teto com pé direito muito alto para a dar sensação de rebaixo.

Verde
É uma cor neutra que representa o elemento madeira. Acalma o sistema nervoso e as pessoas agitadas. Também significa esperança e satisfação. Muito cuidado em usar a cor verde em locais onde predomina o vermelho, pois teremos um local muito quente – verde/madeira alimenta o vermelho/fogo. Deve-se usar nos banheiros para elevar a energia deste local. Para casas onde existem problemas de saúde, o verde é uma ótima cura.

Decoração: É uma cor muito usada e sempre traz alegria e vida. No piso e detalhes, lembra a natureza. Não incide muita luz, mantendo a cor original. Em locais abertos, complementa madeira e jardins.

Lilás/Violeta
Traz tranqüilidade, sossego e calma. Estimula a espiritualidade e a meditação. Tem efeito purificador, tranforma as energias negativas em positivas. Óptimo para a saúde. Acalma o coração, a mente e os nervos. Nas casas, o melhor ambiente para uso são em locais de meditação e oração. Em excesso, pode trazer depressão e ansiedade.

Decoração: Tons mais claros podem ser usados em todos os ambientes em pequenos detalhes. Se for uma cor monocromática, pode cansar. Evite ter locais com a predominância desta cor.

Laranja
Cor do intelecto e mental. Em doses pequenas, estimula os sentidos, a criatividade e a comunicação. Boa para áreas da casa que quer se estimular o diálogo, como sala de visitas, de jantar e cozinhas. Em excesso, pode provocar conversas demais, brincadeiras fora de hora e aumento do apetite.

Decoração: Inconscientemente, lembra sabores agradáveis e nos remete à infância, à brincadeiras e aos doces. Em geral, é muito usado em cozinhas, pois abre e estimula o apetite. Pode ser usado na sala de jantar, em uma só parede, em tons bem suaves (cor pêssego). Em tons mais escuros, sugere estabilidade.

Vermelho
É uma cor que pode estimular as áreas de relacionamento afetivo, sucesso, auto-estima, fama e prosperidade. Deve ser usado com muito cuidado e em pequenas doses, pois é uma cor excitante e estimulante. No quarto de casal, ativa a sexualidade. Na sala ou cozinha estimula o apetite e a fala. Em excesso, provoca brigas, confusões e explosões de humor.

Decoração: Todo cuidado é pouco na hora de se aplicar esta cor nos ambientes. É uma cor muito energética e vibrante, pode provocar excitação e nervosismo quando aparece em excesso. Em pequenas doses, traz aos ambientes um ar de glamour e ate exótico. Em demasia, pode ser vulgar.

Azul

É uma cor que tem um efeito calmante e tranqüilizante para as pessoas quando aplicado em um ambiente. Cuidado com o excesso de azul, pois irá provocar sono em excesso. Já, para quem é muito agitado, deve ser usado.

Decoração: Pode ser aplicado em grandes áreas sem tornar-se cansativo, mas deve ser combinado com outras cores para evitar a monotonia e sono. Mais escuro, transmite autoridade e poder.

Amarelo

Outra cor que estimula o intelecto e ajuda muito nos estudos. É a cor da luz, por este motivo deve ser usado em ambientes escuros. Estimula a comunicação, o mental e abre o apetite. Em excesso, provoca muita conversa e pensamentos acelarados e confusos, provocando preocupação.

Decoração: Nos ambientes, é muito usado para esquentar e iluminar áreas escuras e frias. Em pisos, provoca sensação de avanço. Em grandes áreas e superficies, pode incomodar por causa da incidência de luz.


Michel Rosar

domingo, 23 de maio de 2010

Tendências, muita calma nessa hora!

É bastante comum ver pessoas antenadas e correndo atrás das tendências lançadas nos maiores eventos mundiais, seja qual for o segmento: moda, decoração, novos produtos, dentre tantos outros. Enfim, sempre temos algo de novo, praticamente todos os dias.


Mas será que isso tudo tem realmente algo a ver com você usuário, seu estilo, suas necessidades, seus sonhos e expectativas?
Muitos clientes chegam até os profissionais com recortes de revistas (ou até mesmo várias delas inteiras) dizendo: é exatamente isso o que eu quero. Isso não só compromete negativamente a vida do profissional especializado como pode complicar a sua também.

Causa estranheza quando algum profissional de Design de Interiores/Ambientes, que passou por uma formação acadêmica bastante profunda e específica tanto na área técnica quanto na criativa, se submete a simplesmente “chupar” (copiar) um projeto seja lá de onde for. Isso tolhe a capacidade criativa do profissional. Ele tem habilidades e conhecimentos para muito mais que o simples copiar algo. E, com esta prática, fatalmente ele não vai conseguir responder à altura das suas expectativas pessoais.

Mas tal situação não se reduz à relação profissional – cliente. Este profissional poderá se tornar alvo de sérios problemas judiciais por plágio, cópia, etc. E não será você – cliente – quem irá responder por esta ruptura com o necessário comportamento ético, mas o profissional, na maior parte das vezes, pressionado pelo cliente.
Deixando esta questão profissional de lado, vamos ao que realmente interessa: você, caro cliente.

Tendências são boas? Sim e não. Vejamos por que:
Segundo o dicionário Michaelis: “tendência – ten.dên.cia – sf (lat tendentia) 1 Disposição natural e instintiva; pendor, propensão, inclinação, vocação.(…) 3 Força que determina o movimento de um objeto. (…)”

As tendências são criadas para mostrar conceitos, idéias, aplicação para novos e velhos materiais. Mostrar o que vem pela frente. E só isso. Ninguém vive de ou com tendências, salvo aqueles que as ditam. E, todos nós sabemos que qualquer coisa dita ou imposta, não presta.

Vale lembrar também que hoje determinada coisa é tendência, amanhã já não mais será, pois já foi superada por alguma outra novidade, outra regra, desbotaram um pouco a cor que ontem era um “must” e assim por diante.

É o que podemos perceber claramente na Bienal de Arquitetura de Veneza. Diferenças enormes entre projetos nos países – que levam em consideração suas características (climáticas, geográficas, etc) particulares. Até mesmo aqueles que tratam do mesmo tema tem diferenças enormes. Mas também percebemos isso dentro dos próprios países. Um material excelente para o sul não é bom na mesma medida para o norte/nordeste. Assim como a Bienal, as tendências devem servir simplesmente para nos fazer pensar sobre o que vemos, queremos e desejamos.

Na Semana de Arte Moderna (1922) podemos perceber claramente como isso deve ser tratado: devemos receber essas informações estrangeiras e passa-las por um filtro. No Manifesto Antropofágico, isso é feito com a arte, literatura, etc. Traziam o que tinha de melhor lá fora que, uma vez “digerido”, era assimilado e transformado à realidade cultural brasileira. Isso nem de longe quer dizer que devemos nos tornar xenofóbicos, mas sim que devemos, acima de tudo, manter viva a nossa cultura, limpa e isenta de qualquer subserviência à padrões culturais estrangeiros.

As revistas estão certas? Sim e não.

As revistas são as responsáveis por nos apresentar essas tendências, não obstante o fato de muitas dessas tendências, enquanto produtos culturais, estarem submetidas à lógica do mercado e impostas artificialmente segundo interesses comerciais. Entretanto, para além desta observação crítica, temos de levar em consideração muitas coisas dentro de uma revista. Não basta olharmos uma foto de um ambiente, um objeto ou móvel. Temos de observar o contexto geral no qual aquilo está inserido ou pode vir a ser inserido.

Um living “dos sonhos” qualquer um quer ter, porém aquela da revista pode não ser aquela que você realmente necessite por um simples detalhe: ela não foi projetada para você e sim para uma outra pessoa (família), que tem hábitos, gostos, rotinas e muitas outras variáveis diferentes das tuas. Ou então aquele móvel belíssimo, pode não adaptar-se corretamente à você pelo simples fato de que aqui no Brasil não temos uma homogeneidade corporal – na verdade estes padrões já não mais existem na maioria dos países. Ergonomicamente falando, aquela cadeira pode ser perfeita pra mim, mas para você pode não ser. Você pode ser mais alto ou mais baixo que eu, ter a mesma altura, porém ter pernas mais curtas. Enfim, são muitas coisas que precisam ser levadas em consideração na hora de projetar e montar o ambiente.

Falando diretamente de produtos, muitas outras variáveis têm de ser levados em consideração também. Aquele novo revestimento para pisos pode não ser adequado às suas necessidades pelo simples fato de haver crianças ou idosos em sua residência. A escada de vidro causa desconforto, desequilíbrio, insegurança. A fechadura pode não ser a ideal. A automação pode lhe trazer sérios transtornos se você não for uma pessoa com um mínimo de habilidade com aparelhos eletrônicos. Isso e muito mais na parte mais técnica.

Indo para a área psicológica, poderemos cair em problemas como cores que não batem com a tua personalidade, texturas não agradáveis ao seu tato, sensação de não pertencer ao espaço ambientado, desânimo, entre outros. Isso tudo porque você não levou em consideração as suas características pessoais, suas emoções, seus gostos, seu psicológico. Preferiu correr atrás das tendências, daquilo que está na moda. E não do que te agrada, do que tem “a tua cara”, o teu jeito.

Temos de pensar seriamente que um projeto de Design de Interiores não deve se submeter aos modismos sempre passageiros. O projeto de Design de Interiores de sua casa permanece para além dos modismos e você terá de conviver com ele por algum tempo, ou por muito tempo. Importa discernir e fazer escolhas sobre os aspectos que dizem respeito ao seu estilo. Isso refere-se a sua identidade pessoal.

Portanto, o uso de revistas como referência e a percepção das tendências apresenta-se como positivo desde que você, cliente, coloque-se aberto para uma conversa e troca de idéias com o profissional sobre as escolhas que você fez para melhor adequá-las ao seu uso às suas necessidades. Torna-se fundamental a presença do profissional para oferecer uma orientação certa sobre o melhor produto, atento a seu estilo, seus sonhos e às demandas cotidianas.

Michel Rosar